A limpeza da região ocular, além do fator estético, é fundamental para retirar o acúmulo de oleosidade e evitar quaisquer tipos de infecções no local.
Entretanto, muitas pessoas não se atentam a essa higienização ou a realizam de maneira incorreta. Essa falta de cuidado pode causar inflamações ou até mesmo um quadro clínico mais grave, comprometendo a visão.
Com o objetivo de alertar e prevenir problemas, confira sete importante dicas para a correta limpeza dos olhos.
1) Lave cílios e pálpebras com água, soluções para limpeza ocular ou xampu neutro
A higienização externa, compreendendo cílios e pálpebras, é importante para remover a oleosidade em excesso produzida pelas glândulas da borda palpebral, pois o acúmulo de gordura leva à inflamação local, risco de obstrução dessas glândulas (hordéolo/terçol) e aumento do número de bactérias. Recomenda-se apenas o uso de soluções oculares específicas ou xampu neutro, pois agridem menos os tecidos dos olhos.
2) Remova sempre toda a maquiagem
Dormir de maquiagem ou mantê-la na região por períodos muito prolongados facilita a obstrução das glândulas de gordura palpebrais e pode gerar inflamação local, irritação da conjuntiva e da córnea. A remoção deve ser realizada com produtos adequados para não afetar os olhos.
3) Evite colocar as mãos nos olhos, principalmente sem lavá-las ou depois de utilizar álcool gel
A mão pode trazer diversos corpos estranhos aos olhos, desde agentes alergênicos (poeira e pelos de animais), passando pelos agentes químicos (ácidos e álcool), até contaminantes, como vírus e bactérias. Não coçar os olhos com as mãos sujas é um fator importante para diminuir o risco de infecções.
4) Colírios podem manter a lubrificação da superfície ocular, mas só o oftalmologista pode identificar o tipo e a frequência adequados
É imprescindível consultar um oftalmologista antes de utilizar qualquer tipo de colírio, seja do tipo lubrificante sem conservantes, lubrificante com conservantes ou vasoconstritores. Estes últimos são muito usados para reduzir o aspecto avermelhado dos olhos por contrair os vasos sanguíneos da região, mas sua utilização em longo prazo pode trazer efeitos colaterais. A automedicação e o uso indiscriminado desses colírios podem levar o paciente a ter conjuntivite química e ceratite medicamentosa. Efeitos mais graves como olho vermelho crônico por efeito rebote e hipertensão arterial também podem ser observados.
5) Evite compartilhar objetos de higiene pessoal, como lenços e toalhas de rosto
Existem doenças que podem ser transmitidas dessa forma, como as conjuntivites virais e bacterianas, nas quais a transmissão ocorre por contato, e o compartilhamento de objetos pessoais, inclusive de colírios, favorece o contágio.
6) Evite a aplicação de água boricada e soro fisiológico na superfície ocular
O ideal é sempre optar pelos produtos mais semelhantes possíveis à lágrima. A água boricada não deve ser utilizada, pois apresenta ácido bórico em sua composição e pode gerar uma piora dos sintomas de inflamação em alguns pacientes. O soro fisiológico, apesar de se parecer mais com a lágrima, ainda pode ser lesivo à mucosa ocular e à córnea, sendo preferível a utilização de colírios lubrificantes.
7) Tenha cuidado com o manuseio de lentes de contato. Lave-as apenas com soluções adequadas e respeite o tempo de troca.
Existem produtos específicos para higiene das lentes que permitem a retirada de resíduos que causam irritação ocular e eliminam bactérias, fungos e protozoários que podem causar infecções graves.