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Hipermetropia eleva graus da visão sem o estímulo de óculos ou lentes

Cerca de 65 milhões de brasileiros possuem hipermetropia, segundo o Conselho Brasileiro de Oftalmologia (CBO). O problema de refração óptica é causado quando o olho é menor do que o normal.  Tal anormalidade dificulta a focalização de objetos próximos aos olhos. Se não for tratada cedo, pode ser necessário recorrer à cirurgia.

A hipermetropia produz um erro de refração em que os raios de luminosidade só se focam atrás da retina e não em cima dela como em um olho sem alterações. Como os raios não atingem a retina em um único foco, a imagem fica distorcida. Além de o olho ser um pouco menor do que o normal, outras causas incluem situações onde a córnea ou o cristalino apresentam alterações no seu formato que diminuem o seu poder refrativo.

A hipermetropia causa dificuldades em enxergar objetos próximos e principalmente na leitura, apesar da visão de longe não se alterar tanto em graus baixos e quando ainda está dentro da capacidade de correção da própria musculatura ocular.

Entre os sintomas estão fortes dores de cabeça, dificuldade em se concentrar, em ler e possuir visão turva. Felizmente, a hipermetropia possui cura. O tratamento é feito com uso de lentes de contato ou óculos. São utilizadas lentes convergentes ou convexas, que têm a função de direcionar a luz para a retina, onde a imagem deve se formar. Em alguns casos, normalmente na fase adulta, é necessário realizar cirurgia para reverter o problema.

A cirurgia é realizada com Excimer Laser ou Lasik e geralmente é restrita a maiores de 21 anos. Uma lente é inserida com o auxílio de um equipamento injetor especial. Depois de colocadas na câmara anterior dos olhos, as lentes fácicas melhoram a capacidade de focalização.

A maior parte das crianças apresenta hipermetropia porque seus olhos normalmente são menores do que deveriam ser, porém elas têm um maior poder de acomodação e suportam graus muito mais elevados. Uma criança nasce com cerca de 40 graus de hipermetropia. Seu olho ainda está em formação e é pequeno. Ao atingir os seis meses de idade, este número diminui para 5 e tende a desaparecer com a formação completa do sistema ocular.

É aconselhado aos pais a realizarem a primeira consulta do recém-nascido no primeiro ano. Quanto antes identificado o problema, mais fácil e rápido será o tratamento. Os graus podem se elevar caso não haja estímulo para a correção da hipermetropia. O uso de óculos e de lentes de contato são indispensáveis para aqueles que possuem qualquer problema de refração ocular, como a miopia e a hipermetropia.

A hipermetropia também pode estar associada ao aparecimento de estrabismo acomodativo na infância, com o surgimento de sintomas ao redor dos dois anos de idade.

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