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Falta de sono na pandemia é epidêmica, diz estudo

O sono irregular altera o metabolismo, predispõe ao ganho de peso, doenças sistêmicas e catarata. Entenda.

Atire a primeira pedra quem não perdeu o sono durante a pandemia de coronavírus. O consolo é que você não está só. Uma pesquisa feita pela UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais) mostra que 40% dos brasileiros perderam o sono neste período e o que é pior – ganharam peso.
Outro estudo recém divulgado no JAMA Internal Medicine, o primeiro longitudinal sobre sono, comprova os efeitos colaterais do hábito de dormir mal em nossa saúde. Os pesquisadores acompanharam por mais de dois anos 120 mil pessoas através de sensores que indicavam até sutis alterações no estado de vigília. A principal conclusão do estudo é que a perda de sono, mesmo leve, engorda. Você pode estar pensando que todos estão comendo mais e por isso ganharam peso. Não é bem assim.
De acordo com o oftalmologista os quilos extras têm relação com a quantidade de luz que penetra em nossos olhos. Isso porque, é a luz que controla todo nosso metabolismo.  Desde que a lâmpada foi inventada estamos indo contra nossa natureza.  A claridade do dia, pontua, ativa a produção de dois hormônios secretados pelas glândulas suprarrenais que nos mantêm em estado de vigília:  o cortisol e a adrenalina.  O cortisol, explica, ajuda o organismo controlar o stress, mantém o sistema imune e a glicemia em equilíbrio. Já a adrenalina regula os batimentos cardíacos, a pressão arterial e a frequência respiratória. Conforme vai escurecendo a produção desses hormônios diminui e a glândula pineal aumenta a produção da melatonina, hormônio indutor do sono.
Stress da pandemia bagunça o relógio biológico
Na pandemia ficamos acuados em nossas casas. Um misto de solidão e incerteza. As rotinas foram alteradas. Adultos e crianças o dia inteiro com os olhos colados nas telas, e claro, tanto os olhos como nosso corpo sentem, ficam cheios de toxinas. Para diminuir o estrago, recomenda-se desligar o computador, celular ou videogame no começo da noite. Isso porque, é o excesso de luz azul emitida pelas telas que bagunçam nosso relógio biológico, não deixando a produção de melatonina acontecer. Resultado: A adrenalina aumenta, o coração bate mais rápido, a pressão arterial sobe e o sono vai embora. Pior: O cortisol também fica elevado, inibe a produção de insulina e ficamos diabéticos, uma doença crônica com efeitos em todo nosso organismo, inclusive nos olhos.
Catarata
A falta de sono em quem já passou dos 50 anos pode ser o primeiro sinal da catarata nos que já passaram dos 50 anos. Isso porque o turvamento do cristalino que caracteriza a doença também dificulta a entrada de luz nos olhos. Por isso, quem convive por muito tempo com a catarata, além de provocar efeitos colaterais na saúde, como a hipertensão e maior risco de diabetes. Os primeiros sinais da catarata são:  troca frequente dos óculos, ofuscamento com faróis contra e fotofobia, perda da visão de contraste e dificuldade de dirigir à noite. A cirurgia é segura, rápida, feita com anestesia local e pode eliminar o uso de óculos dependendo da lente implantada em seu olho.
Cansaço visual
Na frente de uma tela piscamos 20 vezes menos e fazemos um esforço visual concentrado para manter os olhos focados só para perto. Os sintomas que indicam estar na hora de dar uma pausa, são: visão embaçada, ardência, vermelhidão, sensação de areia nos olhos e dificuldade de focar. Isso acontece em todas as idades. As recomendações do oftalmologista são: olhar para um ponto distante, sair por instantes da frente da tela, piscar voluntariamente, calibrar a resolução da tela com o mínimo do brilho e bom contraste e manter os olhos lubrificados.
O oftalmologista ressalta que as crianças podem ter miopia acomodativa, uma dificuldade temporária de focar à distância. Por isso a OMS (Organização Mundial da Saúde recomenda que as telas só sejam usadas a partir de 2 anos e por, no máximo, duas horas ininterruptas.
Os estudos mostram que a miopia pode se tornar alta quanto mais cedo é contraída e. Além disso, geralmente a progressão é mais intensa na infância. Por isso recomenda que toda criança passe por exame com um oftalmologista regularmente.

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