Dra. Keila Monteiro de Carvalho fala sobre a importância em se manter a saúde ocular.
No dia 09 de outubro será comemorado o Dia Mundial da Visão. A data &ndash criada pela Organização Mundial de Saúde (OMS), em 1999, &ndash pretende conscientizar a população sobre a importância da prevenção de doenças como catarata e glaucoma, que podem levar à cegueira.
A campanha chega em boa hora. Segundo dados do IBGE, existem mais de 6,5 milhões de pessoas no País com deficiência visual, sendo 583 mil cegas e 6 milhões com visão subnormal. Mais: a Agência Internacional de Prevenção à Cegueira (IAPB) calcula que no Brasil 33 mil crianças sejam cegas devido às doenças oculares que poderiam ter sido evitadas ou tratadas precocemente. &ldquoA realização do exame oftalmológico completo é fundamental para descoberta precoce de problemas que podem levar à cegueira. O teste do reflexo vermelho, também conhecido como teste do olhinho, por exemplo, é capaz de detectar a catarata, o glaucoma congênito, e ainda qualquer patologia ocular congênita que cause opacidades de córnea&rdquo, explica a oftalmologista Keila Monteiro de Carvalho, Professora Titular de Oftalmologia da UNICAMP, Chefe do Departamento de Oftalmologia – Otorrinolaringologia da FMC/UNICAMP e Coordenadora do Serviço de Estrabismo, Oftalmologia Pediátrica e Visão Subnormal do HC – FCM/UNICAMP.
Entre a população com idade superior a 60 anos, a história não é diferente. Segundo Keila Monteiro de Carvalho, as três principais causas de cegueira entre os idosos são a catarata, glaucoma e degeneração macular relacionada à idade (DMRI). “Estima-se que três milhões de brasileiros, com idade acima de 65 anos, sofram da DMRI, em estágios variados de evolução” comenta a especialista.
Por apresentar-se, por vezes, assintomático em suas fases iniciais, o glaucoma, é outra doença que costuma reduzir drasticamente a qualidade de vida dos idosos. Isso porque, quando o paciente busca o tratamento, o problema já esta em um estágio avançado e uma vez perdida a visão, ela não pode ser restaurada. “O impacto social da cegueira deve ser considerado na formulação de políticas públicas. Para diminuir o número de cegos por glaucoma no País é necessário ampliar o conhecimento da população sobre a doença e garantir o acesso ao tratamento”, afirma Keila Monteiro de Carvalho.
Sobre a Dra. Keila Monteiro de Carvalho:
Médica oftalmologista, Professora Titular de Oftalmologia da UNICAMP, Chefe do Departamento de Oftalmologia – Otorrinolaringologia da FMC/UNICAMP e Coordenadora do Serviço de Estrabismo, Oftalmologia Pediátrica e Visão Subnormal do HC – FCM/UNICAMP



